Os riscos da gestante e puérpera ao adquirir a COVID-19 são maiores que nas mulheres não grávidas?
Os riscos da gestante e puérpera ao adquirir a COVID-19 são maiores que nas mulheres não grávidas?
Estudos comparando o comportamento da COVID-19 em mulheres no ciclo gravídico puerperal com mulheres não grávidas apontaram que gestantes que adquiriram o SARS-CoV-2 e desenvolveram sintomas desta infecção apresentaram maior risco de necessitar internação hospitalar, de desenvolver quadros graves com admissão em unidades de terapia intensiva (UTI), de evoluir com insuficiência respiratória necessitando ventilação invasiva (intubação oro traqueal) e, consequentemente, maior risco de óbito. No Brasil, observou-se que a infecção por SARS-CoV-2 foi a principal causa de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em grávidas e a taxa de mortalidade, especialmente na concomitância de comorbidades como diabetes, hipertensão e obesidade, foi muito elevada. (veja dados do Observatório: https://observatorioobstetrico.shinyapps.io/covid_ gesta_puerp_br/).
Além disto, do ponto de vista obstétrico observou-se taxas mais elevadas de parto pré-termo e partos operatórios. Portanto, os dados nacionais e internacionais, disponíveis até este momento, permitem afirmar que as mulheres durante o ciclo gravídico puerperal fazem parte do grupo de maior risco de complicações da COVID-19, de óbito materno e de desfechos obstétricos desfavoráveis. Importante afirmar que este é um problema grave em países com menor poder aquisitivo.
FONTE: SOGESP
